Depressão em idosos atendidos pela ESF
Depressão em idosos atendidos pela Estratégia de Saúde da Família nos municípios de São Paulo e Manaus: prevalência e identificação pelas equipes
Coordenador: Paulo Rossi Menezes
Membros da equipe:
Apoio: CNPq (processo nº )
Vigência:
Resumo:
A população dos países de renda média e baixa está envelhecendo de forma acelerada e o Brasil é um dos países onde esse processo ocorre mais rapidamente, levando a uma crescente necessidade de atenção à saúde dos idosos. Depressão é um dos problemas de saúde mental mais comuns nessa fase da vida e está associada a elevados custos para quem apresenta o transtorno depressivo, para seus familiares e cuidadores informais, para o sistema de saúde e para a sociedade como um todo. Existem evidências consistentes de que nos países ricos a maior parte dos idosos com depressão procura serviços de atenção primária à saúde, mas uma grande proporção não é identificada pelos profissionais de saúde e entre os que são reconhecidos boa parte não recebe tratamento adequado. Dados empíricos sobre a prevalência de depressão e outros transtornos mentais comuns em idosos que procuram serviços de atenção primária, nível de gravidade, grau de incapacitação associado, comorbidades mais freqüentes e nível de identificação correta pelos profissionais de saúde são escassos no Brasil. A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é a forma prioritária de organização da atenção primária à saúde adotada pelo Sistema Único de Saúde no país e atualmente já cobre mais de 50% da população brasileira, com prioridade para as classes menos favorecidas. A busca ativa, através de visitas mensais aos domicílios cobertos pelo programa, oferece uma oportunidade única para a identificação de idosos com depressão registrados pelo programa. Propõe-se um estudo de corte transversal para estimar a prevalência de depressão e outros transtornos mentais comuns em idosos registrados em unidades que adotam a ESF nos municípios de São Paulo e Manaus, com 1000 participantes em cada centro. Será investigada a gravidade dos transtornos mentais, o grau de incapacitação associado, fatores associados à maior probabilidade de apresentar tais transtornos e uso de serviços de saúde associados à presença do transtorno mental.